sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Suspeitos de matar PMs são apresentados (veja fotos dos acusados logo abaixo da matéria).

O material apreendido e as fotos de Eduardo, Eronaldo e Rogério, acusados de participar dos assassinatos dos dois sargentos, foram apresentados durante coletiva ontem no Cope; mais seis estão sendo procurados.

O diretor do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), delegado Marcelo Cardoso, confirmou ontem que o sobrinho da proprietária do restaurante O Pirão, localizado no povoado Calumby, em Nossa Senhora do Socorro, foi um dos mentores do assalto ao estabelecimento comercial e das mortes dos sargentos Adilson Ferreira, 46, e Roberto Lima Batista, 40, que trabalhavam como seguranças no local. O delegado lembrou que da ação participaram nove criminosos, sendo que dois deles apenas fizeram levantamentos e outros três sabiam que iriam assassinar os militares. Até o momento foram presos Rogério dos Santos, o “Galego”, Eduardo Batista dos Santos, o “Muqueca”, e Eronaldo de Jesus, o “Ninho”, - um dos responsáveis pelo recolhimento do dinheiro da renda do restaurante, mais de R$ 11 mil.

Dos integrantes da quadrilha que tiveram envolvimento direto com o crime ocorrido no último domingo, um deles foi identificado como sendo o ex-presidiário José Juarez dos Santos Filho, que já é procurado pela polícia por envolvimento na chacina ocorrida em abril de 2006, no bairro Santa Maria, em Aracaju. Um outro criminoso é fugitivo da Delegacia Regional de Itabaiana. Marcelo Cardoso preferiu não divulgar os nomes dos integrantes do bando para não atrapalhar o andamento das investigações. “Quatro deles já são procurados por outros crimes. Inclusive o sobrinho da comerciante responde por um homicídio. Estamos representando a prisão deles e vamos continuar empenhados em capturá-los”.

Na entrevista coletiva, realizada na manhã de ontem na sede da Superintendência da Polícia Civil, o diretor do Cope, a diretora da Coordenadoria de Polícia Civil da Capital (Copcal), delegada Carina Resende e o comandante do policiamento Militar da Capital (CPMC), coronel Aelson Resende, passaram detalhes sobre como os três suspeitos foram presos e como se deu a ação criminosa. “O objetivo do grupo era assaltar o restaurante, mas três deles se aproveitaram do momento para matar os militares”, comentou Marcelo Cardoso, acrescentando que o sobrinho da comerciante, que é um ex-funcionário do estabelecimento comercial, possuía uma rixa com um dos sargentos. Pelo que foi apurado, o militar foi quem aconselhou a comerciante a demiti-lo.

O crime

Levantamentos realizados pela polícia apontam que coube a Rogério e Eduardo observar a movimentação do restaurante e escolher o melhor momento para ação. “Os dois têm familiares com casas próximas ao estabelecimento e ficaram no local desde cedo”, comentou o diretor do Cope. Como o sobrinho da comerciante tinha informações da média de arrecadação do restaurante e onde o dinheiro era guardado, a quadrilha não encontrou dificuldades para agir. Na noite do domingo os criminosos chegaram ao estabelecimento através do mangue. Carlos Eduardo e mais dois comparsas já chegaram atirando nos militares. Enquanto dois comparsas permaneceram na parte externa dando cobertura e observando a movimentação e outros três – um deles Eronaldo - foram recolher o dinheiro.

Depois de balear o sargento Roberto, os criminosos o arrastaram até a rua para depois deflagrar mais tiros contra ele. O outro sargento ainda tentou proteger a comerciante e trocou tiros com os assaltantes, mas foi alvejado e morreu ao dar entrada no hospital João Alves Filho. Enquanto executavam o roubo, um dos integrantes da quadrilha tentou estuprar uma das mulheres que estava no restaurante, mas foi impedido pelo chefe do grupo. “Eles se comunicavam através de gestos porque eram conhecidos na localidade”, disse o delegado. A partir dos levantamentos realizados pela polícia logo após o ocorrido e com as informações passadas por testemunhas os policiais conseguiram identificar e prender três dos nove acusados.

Os presos contaram que depois do roubo e da execução dos militares, eles saíram atirando em via pública para amedrontar a comunidade. O grupo fugiu através do mangue e foi para a casa de Carlos Eduardo, onde aconteceu a divisão do roubo. Eronaldo ficou com a pistola de um dos sargentos e R$ 1,6 mil, dinheiro que foi recuperado e devolvido a vítima. Com a prisão dos suspeitos, além do dinheiro e da pistola roubada do militar, foram apreendidos dois capuzes, uma máscara, dois blusões, uma espingarda calibre 12 e duas calibre 28 – armas usadas na ação criminosa.

Fonte: Jornal da Cidade de 07/08/2008
FOTOS DOS ELEMENTOS PRESOS, ACUSADOS DE MATAREM OS DOIS SARGENTOS DA PM/SE

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