Na manhã desta segunda-feira, 20, a Secretaria de Estado da Segurança Pública prestou esclarecimentos sobre a operação “Tubarão”, realizada no último sábado, 18, que culminou com a desarticulação de uma organização criminosas especializada em roubos e furtos de veículos, que atuava nos estados da Bahia e Sergipe. Durante a ação policial foram cumpridos 12 mandados de prisão e apreendidos 27 veículos, 14 motores com restrição de roubo ou furto e numeração raspada, três caixas de marcha, 13 carcaças de veículos com sinais recentes de desmanche e vários documentos veiculares.
De acordo com a coordenadora das delegacias de capital, Katarina Feitoza, a operação e os bons resultados alcançados passa pelo grande processo de reestruturação da Divisão de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV). “Os resultados positivos são fruto do apoio do secretário João Eloy e do superintendente João Batista, que não mediram esforços para que essa modalidade de crime fosse tratada por uma unidade especializada que conta hoje com uma grande estrutura com funcionalidade”, destacou Feitoza.
Foram presos: Adilson Vieira Machado, vulgo “Baiacu”, que é proprietário de um estabelecimento comercial de autopeças em Aracaju; Anderson Silva Reis, conhecido como “Som”, também comerciante do ramo de autopeças; José Matias dos Santos, o “Matias”, dono de um galpão-oficina; Sinval da Conceição Nunes, vulgo “Pacote”, proprietário de dois estabelecimentos comerciais e uma oficina em Aracaju; Alessandro Ferreira Campos, o “Cabeça”, que é dono de um ferro-velho na cidade baiana de Feira de Santana; Crauzino Bomfim Filho, baiano de Maraú-BA e que, segundo a polícia, era um dos responsáveis pelos roubos e furtos de veículos. Ele foi preso no município baiano de Simão Filhos-BA.
Foram presos, também, Júlio César da Cruz Santos, vulgo “Cesinha”, especialista em adulterar identificação de veículos; Leandro Santos de Carvalho, que também participava das ações criminosas; Márcio Gomes de Souza, vulgo “Gordinho”, responsável pelo transporte das peças oriundas de desmanches. Com ele os policiais apreenderam um revólver calibre 38; Wagner Rocha, conhecido como “Mandrake”, responsável pelo desmanche dos carros roubados ou furtados; o paulista Roberto Santos da Conceição, vulgo “Leiloeiro”, que se utilizava de informações privilegiadas, fornecendo notas frias de leilões para os donos de ferros-velhos, indicando os carros que eram postos em leilões, a fim de serem montados e Luis Carlos dos Santos, o “Galego Despachante”, que facilitava a aprovação das vistorias dos veículos adulterados e o trâmite do procedimento de transferência.
Segundo o diretor da DRFV, delegado Marcelo Cardoso, o grupo criminoso atuava com a adulteração das informações veiculares e praticava uma nova modalidade criminosa, que passava pela aquisição de veículos leiloados com características idênticas de carros roubados ou furtados. “Eles recebiam a encomenda do tipo de carro a ser furtado ou roubado e, após adquirir veículos leiloados semelhantes, transportavam as peças e acessórios para o carro adquirido no leilão”, explicou Cardoso.
As investigações tiveram uma duração de oito meses e, conforme Marcelo Cardoso, foi bastante robusta, com provas que incriminam e apontam a participação de cada membro da quadrilha. “Essa investigação começou há 8 meses e com ela foi possível identificarmos cada integrante do grupo criminoso e suas funções”, explicou. De acordo com o comandante do policiamento militar da capital, coronel Maurício Iunes, os trabalho não foram finalizados. A segunda etapa dessa ação policial será realizada em breve e visa intensificar o trabalho de fiscalização junto ao comércio de autopeças e ferros-velhos. “Essas pessoas são figurinhas carimbadas no meio policial. Após essas prisões, iremos agora partir para uma segunda etapa com uma fiscalização mais efetiva dessa prática criminosa. Os comerciantes do ramo devem buscar a legalidade, pois vamos intensificar o combate a esse tipo de crime”, salientou Iunes.
Participaram da operação “Tubarão” agentes e delegados da Divisão de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV), do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), do Departamento de Narcóticos (Denarc), do Departamento Especializado em Crimes de contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap), do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), das 4ª, 5ª, 6ª, 7ª e 11ª Delegacias Metropolitanas, e das unidades dos municípios de Lagarto e Itabaiana. Por parte da Polícia militar, foram empregados militares da Companhia de Polícia de Radiopatrulha (CPRp), Comando de Operações Especiais (COE) e Batalhão de Polícia de Choque (BPChq).
Nenhum comentário:
Postar um comentário